O salário mínimo é uma dos principais direitos trabalhistas, afetando milhões de profissionais e empresas em todo o país. Com a chegada do novo ano, surge uma novidade importante: a atualização anual do salário mínimo, dessa vez para 2024.
Mas como acontece essa mudança na remuneração? Todas as áreas são impactadas pela mudança? Continue a leitura e saiba as respostas dessas e outras dúvidas.
Sumário:
O salário mínimo é o valor estipulado por lei como o menor montante que um empregador pode legalmente pagar a um trabalhador por sua jornada de trabalho.
Esse valor é essencial para garantir um padrão mínimo de vida, contribuindo para a dignidade e a qualidade de vida dos profissionais.
A Constituição Brasileira determina que o salário mínimo seja reajustado periodicamente para preservar o poder de compra do trabalhador.
Esses ajustes são feitos com base em uma fórmula que leva em consideração a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, além do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Dessa forma, o ajuste fica proporcional aos equivalentes aos gastos citados anteriormente.
Para o ano de 2024, o novo salário mínimo foi estabelecido em R$1.412,00, representando um aumento de cerca de 6,97% em relação ao salário mínimo do ano anterior.
Este valor foi calculado levando em consideração a inflação medida pelo INPC e a variação do PIB.
O novo salário mínimo passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2024. A partir desta data, as empresas devem respeitar o novo valor ao remunerar os trabalhadores.
O mesmo vale para o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), ao qual os beneficiários passam a receber a partir de fevereiro.
Tire suas dúvidas sobre a remuneração do novo salário mínimo, confira:
O aumento do salário mínimo pode influenciar diversos setores da economia, impactando desde o poder de compra dos trabalhadores até os custos das empresas. Especialmente aquelas que têm um grande número de funcionários remunerados com base no salário mínimo.
Além disso, o ajuste permite que os cidadãos possam acompanhar e manter suas necessidades materiais e de bem-estar. O que previne a inadimplência, dívidas no geral e problemas sociais como a insegurança educacional, alimentar, de moradia e saúde.
O salário mínimo é usado como referência para cálculos de diversos benefícios, como aposentadoria, seguro-desemprego, benefícios assistenciais e outros programas sociais, o que torna a atualização um ponto importante para os beneficiários.
Ou seja, o ajuste do salário mínimo também é considerado para esses e outros programas de remuneração e devem ser respeitados dentro dos prazos estipulados pelo governo federal.
O salário mínimo pode servir como um piso para negociações salariais em diversos setores, influenciando as discussões entre sindicatos e empresas sobre reajustes salariais dos mais diversos cargos.
Por isso, é importante ficar atento a essas discussões dentro da sua área de atuação e dos sindicatos da sua profissão.
O salário mínimo é um ponto crucial para contratos de estágio e jovem aprendiz, pois estabelece um parâmetro mínimo para a remuneração desses trabalhadores em formação.
No Brasil, existem regras específicas que regulamentam os valores a serem pagos aos estagiários e jovens aprendizes, considerando o salário mínimo como referência, mas também a carga horária de trabalho.
Segundo a Lei do Estágio (Lei nº 11.788/2008), a remuneração do estagiário não é obrigatória, exceto quando há previsão nesse sentido no Termo de Compromisso de Estágio (TCE) ou no contrato firmado entre a instituição de ensino, o estudante e a empresa.
Caso a empresa opte por conceder uma bolsa ou benefício ao estagiário, o valor não pode ser inferior ao salário mínimo vigente para a carga horária estabelecida no contrato de estágio. Neste caso, o valor já passa a contar como o de 2024.
Portanto, no reajuste com base no novo salário mínimo nacional, a bolsa de estágio pode ser ajustada proporcionalmente, desde que o contrato ou acordo estabeleça essa possibilidade e contanto que o valor não seja inferior ao novo salário mínimo.
A Lei da Aprendizagem (Lei nº 10.097/2000) determina que o jovem aprendiz deve receber uma remuneração proporcional ao número de horas trabalhadas, mas nunca inferior ao salário mínimo por hora da região.
O cálculo é baseado na jornada máxima de trabalho do aprendiz, que varia de acordo com a idade e o tipo de curso técnico-profissional, não podendo ultrapassar 30 horas semanais.
O reajuste nesse caso acontece da mesma forma que no estágio, quando há aumento no salário mínimo, a remuneração do jovem aprendiz também pode ser ajustada proporcionalmente, respeitando o valor mínimo estabelecido para a região e o tipo de curso.
Em suma, tanto para estágio quanto para programas de jovem aprendizagem, o salário mínimo serve como referência mínima para a remuneração desses profissionais em formação.
O novo salário mínimo de 2024 traz implicações significativas para os trabalhadores, empresas e a economia como um todo. Por isso é fundamental acompanhar tanto o valor do salário mínimo quanto o piso salarial do seu cargo e área profissional.
Dessa forma você pode:
A atualização periódica busca equilibrar a proteção do trabalhador com a viabilidade econômica, garantindo uma remuneração mínima condizente com as necessidades básicas do cidadão brasileiro.
Portanto, é uma ótima oportunidade também para avaliar sua carreira, objetivos e projetar os próximos passos do seu crescimento profissional.