O mercado de trabalho passou por transformações aceleradas no último ano, principalmente com os impactos da pandemia. Com a mudança de comportamento dos profissionais e a necessidade de utilizar novos processos e tecnologias fez com que as empresas precisassem se adaptar.
As mudanças aconteceram em um ritmo intenso e agora é importante olhar para os aprendizados, tendências e desafios, com o objetivo de continuar inovando, colocando em prática a retenção de talentos e garantir o sucesso dos negócios.
Nesse contexto de transformações a gestão de pessoas sofre muitos impactos e por isso o RH precisa estar atento e entender como conciliar as necessidades dos profissionais com os interesses da empresa. Continue a leitura para conhecer 5 tendências voltadas para gestão de pessoas.
Sumário:
A velocidade das mudanças intensificou o conceito do mundo BANI, que se refere aos desafios enfrentados no século atual. A sigla é formada pelas palavras brittle, anxious, nonlinear e incomprehensible, que tem tradução para o português, frágil, ansioso, não-linear e incompreensível e descreve o paradigma dos últimos tempos.
Nessa realidade é preciso que o mercado de trabalho seja ágil e que os profissionais desenvolvam novas habilidades para se diferenciar. O avanço tecnológico também faz parte dessas transformações sendo indispensável para que as organizações se adaptem e enfrentem os novos desafios.
Tecnologia para gestão de recursos humanos
Além disso, no mundo BANI, as decisões também devem ser aceleradas, o que é determinante para o garantir competitividade. Contudo, um fator primordial para as empresas, em qualquer contexto, é a gestão de pessoas e a forma como observam as mudanças e adequar seus processos.
Elencamos 5 tendências para o RH acompanhar e aplicar na organização quando o assunto é o cuidado com o capital humano e gestão de pessoas.
Proporcionar uma boa jornada do colaborador é fundamental para garantir o engajamento dos colaboradores, reter os melhores talentos e alcançar processos de sucesso. Por isso, essas ações possuem o objetivo de valorização dos funcionários e prover o bem-estar dos mesmos.
As iniciativas são diversas, como:
Além das vantagens relacionadas a produtividade e engajamento, o Employee Experience também é um caminho para atrair e reter bons talentos, principalmente quando falamos de Employee Value Proposition (EVP), ou em português, proposta de valor para funcionários.
Assim, de encontro com o Employer Branding, as práticas de Employee Experience, ou jornada do colaborador, colocam em foco as pessoas que fazem a organização e melhoram a reputação da empresa.
Para uma marca empregadora consolidada é preciso investir nos colaboradores, cultivando o sentimento de pertencimento para que eles atuem como promotores da organização.
Embora a retomada para o trabalho presencial já esteja acontecendo em algumas empresas, o modelo de trabalho remoto também vem sendo visto como uma prática para satisfação dos colaboradores e retenção de talentos.
Sendo visto como uma tendência para gestão de pessoas, esse formato divide opiniões dentro e fora dos escritórios. De um lado temos uma maior flexibilidade e qualidade de vida. Por outro, o isolamento e a falta de interação podem ser prejudiciais ao desempenho dos funcionários.
Contudo, antes de decretar qual modelo a empresa deve adotar é preciso entender as necessidades de cada área e a opinião dos colaboradores, além de analisar o modelo de negócio e o plano ideal de funcionamento da empresa.
Vale ressaltar que alguns setores já enfrentam a escassez de talentos e o poder de escolha dos profissionais torna-se um fator a mais para que as empresas adotem modelos totalmente remotos ou híbridos.
Esse ponto também vai de encontro com as práticas de Employer Branding, uma organização que deseja reter bons profissionais precisa se atentar às suas necessidades.
Diversidade e inclusão deixou de ser uma tendência ou necessidade e passou a ser uma urgência, por isso, vale estar nessa lista. Por isso, se a sua empresa ainda tem iniciativas com esse objetivo é fundamental colocar no planejamento para o próximo ano.
Quando observamos com atenção o mercado de trabalho e percepção dos profissionais, conseguimos entender que ainda existe um longo caminho a percorrer em busca de igualdade e respeito. De acordo com a GWTP, atualmente pouco mais de 12% das empresas possuem maturidade a respeito do tema diversidade.
Assim, além da necessidade de colocar as empresas como uma extensão da sociedade, organizações que não levarem em conta a diversidade, inclusão e igualdade perderão a capacidade de atrair e reter os melhores talentos.
Tenha em mente que além de contratar diferentes perfis é importante integrar, apoiar, desenvolver e dar oportunidades igualitárias:
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, transtornos mentais comuns acometem 30% dos trabalhadores ocupados e serão a principal causa de incapacidade nos próximos anos, o que deve ser um alerta para as organizações.
Principalmente agora o Burnout, que vem crescendo o número de casos, tornou-se um problema de saúde ligado ao trabalho e reconhecido pela OMS. A síndrome é um esgotamento mental causado pela tensão emocional e o estresse no ambiente de trabalho.
Ou seja, uma exaustão devido à quantidade excessiva de trabalho e dificuldade de lidar com os problemas cotidianos.
Entenda a exaustão profissional
Outro fator relevante destacar a saúde mental nos debates corporativos está na relação que as pessoas desenvolvem com o trabalho e a vida profissional. Atualmente, dedicamos boa parte do nosso tempo ao trabalho, mas as prioridades estão mudando, onde a qualidade de vida também ganha destaque e espaço.
Ideias como “trabalhe enquanto eles dormem” já não são mais bem vistas, por isso a desaceleração, adequação e flexibilidade devem estar cada vez mais presentes nas empresas.
Job Hopping é um conceito ainda recente no mercado brasileiro, mas que merece a atenção dos profissionais de recursos humanos quando o tema é gestão de pessoas, além de conversar com temas já abordados aqui como retenção de talentos e jornada do colaborador.
Em tradução literal, Job Hopping significa “pular de emprego” e apresenta uma reflexão sobre a ausência de longevidade na carreira, principalmente por parte da nova geração de talentos.
Se por muitos anos o tempo em uma corporação era sinônimo de competência e prestígio, ao que tudo indica os novos profissionais não estão presos a isso. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Previdência, coletados em 2020, quase 25% dos jovens, entre 18 a 24 anos, permanecem dentro de uma empresa por menos de três meses.
Isso reforça a necessidade de inovação e adequação para tornar as empresas atrativas aos profissionais que estão entrando no mercado de trabalho com novos comportamentos.
Essas 5 tendências voltadas para gestão de pessoas são alertas para o time de recursos humanos, que deve se atentar as práticas realizadas na empresa ao longo do ano e pensar em transformações voltadas paras as necessidades dos profissionais.
Seja engajar os talentos, atrair novos colaboradores ou elevar a reputação da empresa, acompanhar as tendências, seguir dicas e ver a movimentação do mercado é fundamental para o crescimento das empresas.