Quando falamos de gestão de pessoas, seja como uma tarefa das lideranças ou do RH, a missão de desenvolver os colaboradores e acompanhar suas atividades está entre uma das principais responsabilidades e desafios. E é com esse intuito que a chamada reunião one-on-one surgiu.
O one-on-one vem ganhando cada vez mais destaque, sendo uma das principais estratégias utilizadas para capacitar os colaboradores e alinhar as expectativas, sempre com um pilar de gestão humanizada e empática.
Com as transformações no mercado e a revolução do RH 5.0, o olhar de inovação e digitalização começou a passar pelo capital humano, reforçando a ideia de que para o sucesso dos negócios é preciso investir em pessoas. Por isso, cada vez mais as empresas focam em treinamentos e práticas de desenvolvimento dos colaboradores.
Confira:Como investir em treinamento e desenvolvimento dos colaboradores
Na metodologia one-on-one o diálogo que gestor tem com a sua equipe é o ponto de partida para novas ações e definições estratégicas de acordo com os desafios do momento, além de muitas vezes servir como ponto de mudanças e melhorias para a liderança.
Sumário:
Um one-on-one, também conhecido pela expressão 1:1, nada mais é do que uma reunião particular entre duas pessoas, normalmente líder e liderado. Em tradução livre do inglês, one-on-one significa “um a um”, que pode ser entendido também como “cara a cara”.
É possível que o one-on-one (1:1) seja um feedback individualizado, mas a principal funcionalidade dessa prática é realizar uma conversa rápida, periódica e específica com foco em um determinado projeto, atualização ou problema, a fim de encontrar buscar o melhor resultado, tudo depende das necessidades e objetivos.
Além de servir para alinhar expectativas e direcionar as ações dos funcionários, visando o desenvolvimento de uma atividade e evolução profissional. A reunião one-on-one é uma maneira de incentivar o colaborador a compartilhar suas percepções diante de empresa e o que acredita que pode ser melhorado nos processos.
Essa é uma prática já comum em muitas empresas, porém com novas estruturas de processo o one-on-one ganhou uma nova roupagem e uma metodologia mais assertiva, sendo uma ferramenta para a manutenção da cultura organizacional.
Além de ser um alinhamento de expectativas e objetivos, o one-on-one é uma ótima maneira de destacar a importância do colaborador no desenvolvimento de cada projeto. O que ajuda o profissional a se sentir parte importante do processo, influenciando o sentimento de pertencimento.
Dessa forma, o one-on-one auxilia também aspectos como produtividade e engajamento com a marca empregadora. E assegura que os funcionários saibam exatamente o caminho para seguir com as suas entregas. Além de ser uma oportunidade para a liderança:
A ausência de reuniões one-on-one (1:1) podem causar situações em que a falta de alinhamento resulta em excussões equivocadas e por consequência a necessidade de refazer algumas atividades, o que pode desmotivar o colaborador.
Quando falamos das novas gerações de talentos isso pode ser ainda mais preocupante pois é um grupo que têm uma necessidade maior de aprender com detalhes e se inspirar, além de lidar de forma mais crítica com os próprios erros e conflitos.
O RH deve atuar com um influenciador para que o one-on-one aconteça, o que pode acontecer desde a implementação, caso a prática não seja comum, até a orientação e incentivo dos gestores.
Por isso, o setor deve reforçar os benefícios da reunião one-on-one (1:1) e instruir sobre a condução da conversa, de forma periódica, flexível e amigável.
Ou seja, o setor de recursos humanos pode adotar uma rotina que garanta a assertividade e credibilidade do one-on-one, incluindo a prática na cultura da empresa. Algumas dicas que o RH pode passar aos líderes:
Como você leu anteriormente, as reuniões one-on-one (1:1) são uma ótima oportunidade para alinhar expectativas e impulsionar resultados melhores para os projetos. Mas podemos destacar outras vantagens também:
Delegar tarefas e garantir que a execução correta das mesmas não é uma tarefa simples, principalmente quando diversas partes são envolvidas e o projeto é extenso. Além disso, o próprio colaborador pode precisar de auxílio e mentoria.
Assim, a reunião one-on-one é ideal para garantir a evolução dos projetos, acompanhar as atividades feitas dentro do período e ajustar os próximos passos para garantir o sucesso das entregas e evitar a necessidade de refazer alguma etapa.
A reunião one-on-one pode ser feita em diferentes intervalos, como semanalmente, e nesse formato pode ser a oportunidade ideal para acompanhar e resolver problemas, seja nos processos ou na relação entre colegas.
A troca, periodicidade e praticidade garante que o problema não fique muito tempo sem uma resolução e também que no decorrer das semanas seja possível acompanhar a efetividade das soluções propostas.
O momento de troca entre gestor e liderado pode ser visto também no aspecto do feedback one-on-one, sendo uma ótima oportunidade para analisar os pontos de destaque e melhoria seja de um projeto ou do funcionário.
Com isso, o one-on-one torna-se ferramenta chave para o desenvolvimento do trabalho e das equipes. E, com a periodicidade da reunião, o espaço para analisar a evolução se torna mais cotidiano e eficiente, onde ambas partes ficam mais à vontade.
Principalmente em equipes com muitos colaboradores, o one-on-one é a metodologia ideal para garantir a aproximação entre gestores e colaboradores, isso porque na rotina diária pode ser difícil conciliar uma atenção maior.
Dessa forma, a prática contribui para a harmonia da equipe, gestão mais eficaz e próxima, que proporciona maior confiança e parceria, além da criação de um clima de trabalho mais agradável.
Agora que você já leu sobre a importância e as vantagens do one-on-one (1:1), vamos para a parte mais prática desse artigo, abordando como realizar a reunião.
Antes de tudo, é importante lembrar que para garantir o sucesso de qualquer reunião é importante exista um planejamento prévio, assim evitamos aqueles comentários de “essa reunião poderia ser um e-mail”.
Para que a reunião one-on-one atinja seu objetivo de acompanhar e desenvolver os projetos e colaboradores é importante que ela tenha uma periodicidade e duração predeterminadas. Por isso, busque avaliar qual a necessidade de cada funcionário, a fim de marcar o one-on-one sempre no mesmo dia da semana e horário, podendo ser semanal, quinzenal ou mensal.
O funcionário é o centro da do one-on-one (1:1) e cada um demanda certo tipo de atenção e acompanhamento, por isso é importante olhar com atenção o momento do colaborador. Por exemplo, um funcionário com mais experiência pode precisar de mais estímulo para se manter engajado e se desenvolver, enquanto um mais novo ainda está na fase de entender os processos e funcionamento da empresa.
Para que o one-on-one acontece de forma objetiva é importante pensar nos temas que serão abordados, que podem ser defino na reunião anterior ou durante a semana, isso evita a reunião fuja do tema e não seja eficiente. É possível definir por projeto, desenvolvimento, feedback e outros assuntos.
O compromisso da reunião é responsabilidade de ambas as partes, e uma vez que nos organizamos para que o feedback one-on-one aconteça é importante priorizá-lo e garantir que o encontro não será interrompido por outras demandas. Às vezes, imprevistos podem acontecer, sendo necessário reagendar, mas essa deve ser uma exceção.
Esses são os três pilares principais de uma reunião one-on-one e podem ser um ótimo guia de condução do bate-papo. Em performance é momento de acompanhar os resultados e metas do colaborador, depois no desenvolvimento entender quais os pontos de destaque ou melhoria, já no feedback, são os comentários construtivos para a evolução do funcionário.
A reunião one-on-one deve ser sempre uma conversa amigável, focando no desenvolvimento do funcionário e no sucesso das atividades que o mesmo desempenha. Assim, com o passar do tempo as práticas são ajustadas e o sucesso dos projetos será ainda maior.