Pesquisas indicam que diversas empresas pretendem manter o trabalho remoto mesmo após o fim da crise, um dos benefícios apontados é a ausência de gastos com o espaço físico. Então, nesse cenário de home office os desafios da liderança são outros, e as empresas precisam se adaptar para manter a qualidade das atividades, engajamento das equipes e bons resultados.
Sendo o setor de recursos humanos o principal intermédio entre os colaboradores e a empresa, cabe aos profissionais dessa equipe estimular a todas para manter a produtividade e interação. Mas, principalmente, orientar os líderes sobre as melhores práticas para a gestão de pessoas remotamente.
Além das mudanças na experiência de trabalho, a pandemia trouxe novos comportamentos profissionais. Por isso, a valorização do capital humanos é um pouco importante que as empresas precisam lidar. Ou seja, a liderança precisa também estar apta a desenvolver uma gestão empática, que busque promover qualidade de vida aos colaboradores.
Sumário:
Atualmente, mais do que nunca, é fundamental bons líderes que sirvam de guias, a fim de conduzir as equipes de acordo com as expectativas das empresas. Para falar de liderança o primeiro passo é definir esse conceito. O líder é a pessoa que lidera um grupo, ou seja, o líder é a figura que tem todos os poderes para influenciar outras pessoas, ele é o único que pode delegar atribuições para os outros.
Uma das definições mais interessantes é a de Albert Einstein, que apresenta o líder como alguém que, na desordem, traz simplicidade. Na discórdia, harmonia e na dificuldade, oportunidade. Basicamente, um líder é aquele que consegue estimular um grupo a dispor de suas capacidades e tempo, para alcançar um objetivo em comum.
Por isso, a liderança está ligada a influência e união, e por isso, em tempos de incerteza como esses que vivemos o líder tem o papel de direcionar a equipe, tranquilizar os colaboradores e, principalmente, manter o alinhamento de desenvolvimento visando o sucesso.
As capacidades de um bom líder:
Essa é o modelo de liderança que tem maior centralização do gestor, com regras e processos bem definidos, e com pouca possibilidade de flexibilização. Sendo a principal característica é o “faça o que eu digo” e a tomada de decisões unilaterais, ou seja, sem a participação dos subordinados. Funciona bem em situações de crise, quando a reação imediata é um fator determinante, ou com trabalhadores problemáticos com os quais todas as outras pessoas já falharam.
Esse é um perfil de líder considerado visionário, que busca processos a longo prazo e engaja a equipe na tomada de decisões, gerando maior compromisso com os objetivos gerais. O lema dessa liderança é o “venha comigo”, por isso existe um incentivo para que todos os colaboradores participem das definições de processos e metas de trabalho para estimular a motivação. Funciona bem na maioria das situações, embora falhe, se a equipe treinada é de especialistas com mais experiência que o líder.
Esse é o estilo de liderança com foco no capital humano, por isso é considerado um modelo de “as pessoas vêm primeiro”. O principal objetivo de modelo de liderança é tornar a relação entre os subordinados sempre harmoniosa, levando em consideração sempre o emocional. Aqui, os funcionários têm a liberdade de fazer seu trabalho da maneira que consideram mais eficazes. É um tipo adequado de liderança se busca construir harmonia na equipe, melhorar a comunicação. Funciona bem quando a equipe é nova ou em situações de alto estresse. Em contraste, pode dar a impressão de que o baixo desempenho é tolerado.
Nesse modelo de liderança o gestor contra com as contribuições da equipe durante a elaboração de projeto, e por isso se baseia no “o que você acha?”. Ou seja, as decisões são tomadas em conjunto, considerando o potencial de cada membro da equipe, e assim, aumentando a flexibilidade. Esse tipo de liderança empresarial funciona muito bem quando o líder não tem certeza sobre a melhor direção a seguir ou quando precisa gerar novas ideias para alcançar os objetivos. Esse estilo perde o sentido quando os funcionários não são treinados ou não têm informações suficientes para fornecer avaliações válidas.
Esse é um estilo de liderança que proporciona maior liberdade a equipe, reformando a importância da autogestão. E por isso, é caracterizado pela ideia de “faça o que eu espero, sem precisar dizer”, com padrões de desempenho altos, e diretrizes concretas. Além disso, esse é um líder que acompanha ativamente os colaboradores, sendo assim, um facilitador em situações que os profissionais precisam de apoio. É um estilo que estimula a autonomia, entretanto não estimula o clima de equipe, e está suscetível ao erro.
As principais atribuições para um bom líder em tempos de mudanças estão associadas a capacidade de resiliência e a habilitação, com o foco sempre da gestão humanizada e empática. O perfil do líder para o pós pandemia também considera a facilidade e aceitação dos uso de tecnologias, a fim de estimular a equipe. Bem como, o apoio a diversidade e a habilidade reter talentos.
Para o trabalho remoto, imprescindível que o RH se certifique, junto aos gestores, que todos os colaboradores estão confortáveis e possuem as ferramentas e treinamentos certos para realizar o trabalho a distância. Feito isso, o processo de desenvolvimento de bons líderes deve abordar com atenção as práticas a serem tomadas.
Um dos pontos principais é estimular os gestores a manter o dia a dia de trabalho o mais próximo possível da realidade presencial. Reuniões de alinhamento, vídeo chamadas durante o dia, e até mesmo conversas informais, a comunicação é a chave para manter o alinhamento e produtividade nesse cenário.
Cabe também aos líderes transmitir segurança aos seus subordinados e ser transparente em relação as decisões tomadas pela empresa, garantindo dessa forma o sentimento de pertencimento e com isso o engajamento.
O setor de recursos humanos deve também orientar os gestores a serem empáticos, pois trabalhar de casa é um desafio diferente que pode contar com interrupções, umas formas de garantir a produtividade nesse cenário é acordar com o colaborador o melhor horário de trabalho, ajustando as duas rotinas, sem interferir nos resultados.
A empatia também deve levar em consideração os mecanismos de mensuração de produtividade. É fundamental alinhar sempre as tarefas que devem ser realizadas, considerando a qualidade que se deseja e o tempo de entrega.
Nesse momento é fundamental fortalecer a cultura da equipe, por isso o líder deve reforçar sempre com ações os valores empresa, a fim de estimular o sentimento de pertencimento, orgulho e por consequência a produtividade.
Por fim, é fundamental que a liderança, junto com setor de recursos humanos vise criar uma experiência agradável aos funcionários, visando o seu bem-estar e liberdade criativa.
Cabe ao líder conhecer a sua equipe e explorar suas capacidades com o objetivo de desenvolver profissionalmente todos os colaboradores, mas principalmente, oferecer uma experiência personalizada.